segunda-feira, 30 de abril de 2012

Em nosso mundo

Vivemos em um mundo infinito de possibilidades, de grandes sonhos realizados e outros transformados.
Em nosso mundo é possível voar, ultrapassar as nuvens e abraçar a imensidão azul.
Neste mundo, onde existem outros mundos, é possível conhecer cada um, aprender suas culturas e compreender seus ideais.
Mas em nosso mundo, infinito de possibilidades, as pessoas tornaram-se invisíveis, seus sorrisos vazios e suas almas perdidas.
Pensar no próximo é algo secundário, quando apenas pensar em nós mesmos basta.
E o tempo...
Talvez o relógio não esteja funcionando plenamente, pois as horas perderam muitos de seus minutos e cada segundo vale uma vida.

Penélope Luzi


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Na Lista: Charon - House of the silent



Infelizmente, ano passado a banda declarou o encerramento de suas atividades.

Bom fim de semana a todos!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Enluarados


O luar em teu rosto pálido
Faz tua beleza mais cintilante,
Num abraço duradouro e cálido
Levar-te-ei a um mundo distante.

Deixe-me alcançar tua agonia
No silêncio de teus pensamentos,
Libertarei tua alma sombria
Dos mais ocultos tormentos.

Então contemplaremos a lua
Neste mundo de escuridão,
Minha mão envolverá a tua
E verás que nada fora ilusão.


Penélope Luzi


terça-feira, 24 de abril de 2012

Sugestão de leitura: A bruxa de Portobello



Terminei de ler A bruxa de Portobello – de Paulo Coelho – e achei bastante interessante. Este é um daqueles livros que se lê ligeiramente, uma leitura agradável em que se alcança rapidamente um grande número de páginas.
O livro descreve a batalha de Athena (ou Sherine) para preencher o que ela chama de “espaços em branco” e como os poderes despertados nela mudou e influenciou a vida de todos que tiveram contato com a mesma. A história é contada a partir da visão do outro, isto é, o autor juntou vários relatos de pessoas que tiveram suas vidas tocadas pela passagem de Athena.
Não direi mais nada para que possam descobrir o livro. A Bruxa de Portobello veio a mim por indicação e empréstimo, é o segundo livro de Paulo Coelho que leio (muitos anos atrás li O Diário de um Mago) e sempre quis ler outros, porém acabava ficando para outra hora.

“Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la atrás da porta: o objetivo da luz é trazer mais luz à sua volta, mostrar os olhos, mostrar as maravilhas ao redor.
Ninguém oferece em sacrifício a coisa mais importante que possui: o amor.
Ninguém entrega seus sonhos nas mãos daqueles que podem destruí-lo.
Exceto Athena.”

Relato de Heron Ryan, 44 anos, jornalista.


Alguém me disse certa vez que se um livro chega até você, seja por qual meio for, ele certamente quer te transmitir algo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Trevas e Misérias



Aqueles que desconhecem o que sou jamais entenderão estas misérias.
Viver numa inexistência constante, escondendo e rastejando sempre para as sombras.
Um ser vagante compreendendo que jamais terá um lugar para chamar de seu.
Talvez o pior seja concluir que tudo morrerá antes que seja contemplado satisfatoriamente, principalmente aquilo que se ama.
Não há beleza nesta desprezível condição.

Penélope Luzi




quarta-feira, 18 de abril de 2012

Erzsébet Báthory

Entendo que falar de Elizabeth Bathory (Erzsébet Báthory originalmente) já se tornou algo um tanto comum em determinados blogs e sites. Por outro lado eu não poderia deixar de destinar um post (mesmo que bastante resumido) a sua história que apesar de cruel, para mim é estranhamente fascinante.



Em 7 de agosto de 1560 nasce Elizabeth Bathory no seio de uma das famílias protestantes mais ricas e poderosas da Hungria e por isso desfrutou de uma ótima educação.

A pequena Elizabeth cresceu num período em que os turcos conquistaram a maior parte do território húngaro. Muitos autores consideram este fato como o real motivo de seu sadismo, uma vez que presenciou todo o tipo de crueldade ainda criança, inclusive vendo suas irmãs sendo violentadas e mortas durante um ataque ao castelo.
Considerada belíssima, Elisabeth foi prometida em casamento aos 11 anos de idade ao Conde Ferenc Nadasdy, porém engravidou aos 14 anos de um camponês e assim que a gravidez tornou-se visível Elisabeth escondeu-se até dar a luz. Logo após casou-se com Ferenc e até hoje não se sabe o que exatamente aconteceu à criança.
O Conde Nadasdy era militar e por isso passava longos períodos longe de casa, logo o castelo e os criados ficavam aos cuidados de sua esposa. Elisabeth não só aplicava castigos desumanos como arrumava motivos inexistentes para tais. Espetava alfinetes debaixo das unhas e lábios de suas criadas, durante o inverno fazia suas vítimas andarem pela neve, jogando água em seus corpos para que morressem congeladas, etc. Alguns autores acreditam que o Conde tinha conhecimento dos castigos impostos por sua esposa aos criados, mas não de seus assassinatos. Enquanto outros sugerem que o Conde não só sabia como participava dos eventos, além de ensinar vários métodos de tortura a sua esposa.
Elisabeth tinha como passatempo também ir visitar sua tia Klara Bathory durante as temporadas de viagem de seu esposo. Sua tia, bissexual e muito rica, organizava orgias que contavam com a participação da Condessa.
A associação do vampirismo a Elisabeth foi devido ao fato dela morder e dilacerar a carne de suas vítimas, além do episódio em que o sangue de uma criada, ao entrar em contato com sua pele, tenha deixado a região com um aspecto mais claro e liso. Daí originou-se a história de que era um costume seu banhar-se de sangue para manter a pele eternamente jovem.
Em 1604 seu esposo vem a falecer, sua sanidade mental piorava com o passar do tempo e seus atos estavam cada vez mais cruéis e depravados, conseguiu uma parceira, Anna Darviula, que possivelmente era sua amante.
Após a morte de Darviula, Elisabeth tornou-se ainda mais descuidada deixando cadáveres ao redor de sua moradia, chamando a atenção de todos. Em 1610 começaram as investigações sobre os assassinatos cometidos, próximo de 650 foi o número de vítimas da Condessa.
A sentença foi dada por seu primo Conde Thurzo:
“Tu, Elizabeth, és como um animal, estás nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida. Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres aprisionada perpetuamente no teu próprio castelo."
Permaneceu presa num aposento sem janelas em seu castelo, onde havia apenas uma pequena abertura por onde passavam a comida e o ar. Faleceu em 21 agosto de 1614 e foi sepultada nas terras dos Bathory, em Ecsed.

Não é uma homenagem.


 
Fontes:
Outras leituras esquecidas.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vaidade - Florbela Espanca


Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...


Florbela Espanca – Livro de Mágoas


domingo, 15 de abril de 2012

De volta para casa


Cheguei de viagem hoje e estou exausta! Só desejo deitar meus ossos na cama e fingir que não preciso desfazer as malas, arrumar as coisas e resolver outras mil.
Volto a dizer que não tem nada melhor que voltar para casa, deitar na nossa cama, relaxar e esquecer um pouco de nossa existência...
Espero que minha cabeça volte a funcionar logo, normalmente eu nunca gosto do que escrevo, mas ultimamente tenho gostado menos ainda.

Um grande abraço,

 Penélope Luzi

segunda-feira, 9 de abril de 2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Uma beleza atroz


Imploro-te o perdão, entenda que nada tenho a oferecer-te.
Vieste a mim com belas intenções, interesses importantes a ti, mas não há nada a aprender e nem mesmo a dedicar.
O que encontra ao olhar-me? Consegue compreender toda esta miséria?
Carrego um vazio imutável e um demônio ávido que desconhece qualquer remorso.
Somente um grande tolo poderia amar o que sou, despido de qualquer encanto ou fantasia.


Penélope Luzi


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