Entendo que falar de Elizabeth Bathory (Erzsébet Báthory originalmente) já se tornou algo um tanto comum em determinados blogs e sites. Por outro lado eu não poderia deixar de destinar um post (mesmo que bastante resumido) a sua história que apesar de cruel, para mim é estranhamente fascinante.
Em 7 de agosto de 1560 nasce Elizabeth Bathory no seio de uma das famílias protestantes mais ricas e poderosas da Hungria e por isso desfrutou de uma ótima educação.
A pequena Elizabeth cresceu num período em que os turcos conquistaram a maior parte do território húngaro. Muitos autores consideram este fato como o real motivo de seu sadismo, uma vez que presenciou todo o tipo de crueldade ainda criança, inclusive vendo suas irmãs sendo violentadas e mortas durante um ataque ao castelo.
Considerada belíssima, Elisabeth foi prometida em casamento aos 11 anos de idade ao Conde Ferenc Nadasdy, porém engravidou aos 14 anos de um camponês e assim que a gravidez tornou-se visível Elisabeth escondeu-se até dar a luz. Logo após casou-se com Ferenc e até hoje não se sabe o que exatamente aconteceu à criança.
O Conde Nadasdy era militar e por isso passava longos períodos longe de casa, logo o castelo e os criados ficavam aos cuidados de sua esposa. Elisabeth não só aplicava castigos desumanos como arrumava motivos inexistentes para tais. Espetava alfinetes debaixo das unhas e lábios de suas criadas, durante o inverno fazia suas vítimas andarem pela neve, jogando água em seus corpos para que morressem congeladas, etc. Alguns autores acreditam que o Conde tinha conhecimento dos castigos impostos por sua esposa aos criados, mas não de seus assassinatos. Enquanto outros sugerem que o Conde não só sabia como participava dos eventos, além de ensinar vários métodos de tortura a sua esposa.
Elisabeth tinha como passatempo também ir visitar sua tia Klara Bathory durante as temporadas de viagem de seu esposo. Sua tia, bissexual e muito rica, organizava orgias que contavam com a participação da Condessa.
A associação do vampirismo a Elisabeth foi devido ao fato dela morder e dilacerar a carne de suas vítimas, além do episódio em que o sangue de uma criada, ao entrar em contato com sua pele, tenha deixado a região com um aspecto mais claro e liso. Daí originou-se a história de que era um costume seu banhar-se de sangue para manter a pele eternamente jovem.
Em 1604 seu esposo vem a falecer, sua sanidade mental piorava com o passar do tempo e seus atos estavam cada vez mais cruéis e depravados, conseguiu uma parceira, Anna Darviula, que possivelmente era sua amante.
Após a morte de Darviula, Elisabeth tornou-se ainda mais descuidada deixando cadáveres ao redor de sua moradia, chamando a atenção de todos. Em 1610 começaram as investigações sobre os assassinatos cometidos, próximo de 650 foi o número de vítimas da Condessa.
A sentença foi dada por seu primo Conde Thurzo:
“Tu, Elizabeth, és como um animal, estás nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida. Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres aprisionada perpetuamente no teu próprio castelo."
Permaneceu presa num aposento sem janelas em seu castelo, onde havia apenas uma pequena abertura por onde passavam a comida e o ar. Faleceu em 21 agosto de 1614 e foi sepultada nas terras dos Bathory, em Ecsed.
Não é uma homenagem.
Fontes:
Outras leituras esquecidas.