Subi ao alto, à minha Torre esguia,
Feita de fumo, névoas, e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo dia.
Feita de fumo, névoas, e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo dia.
Contei-lhes os meus sonhos, a alegria
Dos versos que são meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: "Que fantasia,
Dos versos que são meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: "Que fantasia,
Criança doida e crente! Nós também
Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu!..."
Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu!..."
Calaram-se os poetas, tristemente...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao céu! ...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao céu! ...
Florbela Espanca – Livro de Mágoas
Florbela é sempre maravilhosa em seus tristes escritos.
ResponderExcluirPenélope, você não tem facebook?
Ainda não tenho querida Neith, mas se um dia fizer aviso-te. Beijos!
ExcluirFlorbela Espanca tem uma forma peculiar e fascinante
ResponderExcluirde escrever! ... seus escritos são fantásticos!
Grandíssimo post!
Parabéns Srta Penélope!
Ah, quando tiver um face ou orkut me adiciona enh! rss
Querido Dellone, fico feliz que tenha gostado do post, Florbela Espanca me deslumbra.
ExcluirE caso algum dia faça um face, aviso-te também rs. Beijos!