quarta-feira, 18 de abril de 2012

Erzsébet Báthory

Entendo que falar de Elizabeth Bathory (Erzsébet Báthory originalmente) já se tornou algo um tanto comum em determinados blogs e sites. Por outro lado eu não poderia deixar de destinar um post (mesmo que bastante resumido) a sua história que apesar de cruel, para mim é estranhamente fascinante.



Em 7 de agosto de 1560 nasce Elizabeth Bathory no seio de uma das famílias protestantes mais ricas e poderosas da Hungria e por isso desfrutou de uma ótima educação.

A pequena Elizabeth cresceu num período em que os turcos conquistaram a maior parte do território húngaro. Muitos autores consideram este fato como o real motivo de seu sadismo, uma vez que presenciou todo o tipo de crueldade ainda criança, inclusive vendo suas irmãs sendo violentadas e mortas durante um ataque ao castelo.
Considerada belíssima, Elisabeth foi prometida em casamento aos 11 anos de idade ao Conde Ferenc Nadasdy, porém engravidou aos 14 anos de um camponês e assim que a gravidez tornou-se visível Elisabeth escondeu-se até dar a luz. Logo após casou-se com Ferenc e até hoje não se sabe o que exatamente aconteceu à criança.
O Conde Nadasdy era militar e por isso passava longos períodos longe de casa, logo o castelo e os criados ficavam aos cuidados de sua esposa. Elisabeth não só aplicava castigos desumanos como arrumava motivos inexistentes para tais. Espetava alfinetes debaixo das unhas e lábios de suas criadas, durante o inverno fazia suas vítimas andarem pela neve, jogando água em seus corpos para que morressem congeladas, etc. Alguns autores acreditam que o Conde tinha conhecimento dos castigos impostos por sua esposa aos criados, mas não de seus assassinatos. Enquanto outros sugerem que o Conde não só sabia como participava dos eventos, além de ensinar vários métodos de tortura a sua esposa.
Elisabeth tinha como passatempo também ir visitar sua tia Klara Bathory durante as temporadas de viagem de seu esposo. Sua tia, bissexual e muito rica, organizava orgias que contavam com a participação da Condessa.
A associação do vampirismo a Elisabeth foi devido ao fato dela morder e dilacerar a carne de suas vítimas, além do episódio em que o sangue de uma criada, ao entrar em contato com sua pele, tenha deixado a região com um aspecto mais claro e liso. Daí originou-se a história de que era um costume seu banhar-se de sangue para manter a pele eternamente jovem.
Em 1604 seu esposo vem a falecer, sua sanidade mental piorava com o passar do tempo e seus atos estavam cada vez mais cruéis e depravados, conseguiu uma parceira, Anna Darviula, que possivelmente era sua amante.
Após a morte de Darviula, Elisabeth tornou-se ainda mais descuidada deixando cadáveres ao redor de sua moradia, chamando a atenção de todos. Em 1610 começaram as investigações sobre os assassinatos cometidos, próximo de 650 foi o número de vítimas da Condessa.
A sentença foi dada por seu primo Conde Thurzo:
“Tu, Elizabeth, és como um animal, estás nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida. Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres aprisionada perpetuamente no teu próprio castelo."
Permaneceu presa num aposento sem janelas em seu castelo, onde havia apenas uma pequena abertura por onde passavam a comida e o ar. Faleceu em 21 agosto de 1614 e foi sepultada nas terras dos Bathory, em Ecsed.

Não é uma homenagem.


 
Fontes:
Outras leituras esquecidas.

7 comentários:

  1. Excelente post ...
    concordo com a Srta
    é uma história fascinante
    uma vida marcante!
    Será sempre lembrada!
    Dizem que ela fazia experiencias
    terríveis em busca da imortalidade e
    beleza eterna.
    Tenha um Bom Dia Srta!

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    Respostas
    1. Verdade Dellone, a Condessa era capaz das mais perversas experiências em nome de sua vaidade e eu não quis entrar muito em detalhes para o post não ficar impróprio, isto é apenas uma pincelada.

      Obrigada por sua gentil visita, tenha um maravilhoso dia!

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    2. ...rsrs... que isso!
      os modos da Condessa não eram
      tão impróprios assim .. rss..!

      Ficou excelente sua postagem!
      Essa Lady é um grande mistério!

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  2. I agree, a very fascinating story... :)

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  3. Interessante sim, mas, assim como as lendas sobre o Drácula de Bram Stoker, estou inclinada a acreditar que todo este circo criado ao redor de ambas as figuras foi inventado pela igreja na época com o apoio de pessoas que queriam derrubar a Condessa.

    Naquela época nenhum homem poderia aceitar o fato de uma mulher estar no poder, e por isso começou uma sucessão de ataques, tanto físicos como psicológicos, naquele tempo era faccil demais acusar alguém de bruxaria ou vampirismo.

    Bem, é nisso que acredito, e de acordo com o filme, podemos pensar mesmo nesta hipótese, afinal, todos sabemos o quanto a igreja pode ser cruel quando seus interesses estão em jogo.

    Indico o filme

    http://www.filmesmegavideo.net/condessa-de-sangue-dublado-online/

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    1. Que bom que tocou neste ponto querida Neith. Realmente existe a corrente que defende a Condessa, sendo esta uma vítima de seu tempo (o que também não descarto). E é por isso que coloquei um marcador abaixo do texto ¨Pessoas e Lendas¨, de qualquer forma acho sua história mais fantástica a partir desta versão, verdadeira ou não. Imaginar uma mulher belíssima e inteligentíssima, naquele tempo, detentora de tanto poder e riquezas fazendo o que bem entende, seguindo apenas as suas mais obscuras vontades é, como disse acima, estranhamente fascinante.

      Obrigada por sua imensa contribuição, acho que vou fazer mais posts parecidos para dividirmos ideias.


      Um grande beijo!

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