Mostrando postagens com marcador Lendas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lendas. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Vampiro de Melrose Abbey


O Vampiro de Melrose Abbey foi outro caso famoso de vampiro real. Presente nas crônicas de William of Newburgh (escritor do século XII), este vampiro costumava assombrar a Abadia de Melrose, na Inglaterra.
Em seus relatos, Newburgh conta que tudo começou com um padre que se descuidou de seus votos sagrados e seu ofício para se dedicar às atividades imprudentes. Após sua morte, o padre teria saído de seu túmulo para visitar a clausura do mosteiro. Não tendo sucesso em suas tentativas, passou a vagar pelas redondezas conseguindo chegar até a cama da senhora de quem tinha sido capelão. As visitas foram muitas e a senhora resolveu informar os acontecimentos aos irmãos do mosteiro.
Os irmãos decidiram montar uma vigília durante a noite no cemitério onde o padre havia sido enterrado. Um dos monges, enquanto montava guarda, viu o padre morto sair do túmulo e caminhar em sua direção. Com medo, acertou um golpe de machado em sua cabeça e o obrigou a voltar para o túmulo. Misteriosamente a terra se abriu para o morto e fechou-se sobre ele. O monge contou o ocorrido aos irmãos que resolveram averiguar o cadáver na manhã seguinte.
 O caixão foi aberto, o cadáver estava banhado de sague e com o ferimento na cabeça causado pelo machado do monge. O corpo do padre foi queimado e suas cinzas espalhadas. 

“É bem verdade que – e sei perfeitamente disso –, a menos que fossem apoiadas por muitos exemplos de casos ocorridos em nossos dias e pelo irrepreensível testemunho de pessoas responsáveis, que esses fatos não seriam críveis, isto é, que os corpos dos mortos pudessem levantar de seus túmulos, revitalizados por alguma força sobrenatural, andando para lá e para cá, causando alarde ou em alguns casos até matando os vivos e, quando retornassem às suas covas, estariam abertas para recebê-los”. (William of Newburgh)


Fonte:
MELTON, J. Gordon. O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos. São Paulo: M.Books do Brasil Editora Ltda, 2003.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Peter Plogojowitz


Peter Plogojowitz morava em uma pequena vila na Sérvia ocupada por austríacos chamada Kisolova, área que se tornou oficialmente parte da Hungria. Kisolova ficava perto de Medvegia, onde ocorreu o caso de Arnold Paul (clique aqui).
Plogojowitz morreu aos 62 anos, em setembro de 1828. De acordo com os relatos, três dias depois de sua morte, apareceu em sua casa durante a noite, pediu comida a seu filho e saiu. Duas noites depois, retornou e pediu comida novamente, desta vez seu filho se recusou a dar e no dia seguinte foi encontrado morto. Vários moradores adoeceram e todos foram diagnosticados com excessiva perda de sangue. Alguns relataram que, durante um sonho, Plogojowitz sugava-lhes o sangue. Dias depois, nove pessoas morreram por causa da misteriosa doença.
O comandante das forças imperiais, sabendo do ocorrido, resolveu visitar a vila. Foram abertos todos os túmulos dos recém-falecidos. Ao abrir o túmulo de Plogojowitz tiveram uma surpresa, seu corpo parecia respirar e estar em transe, seus olhos estavam abertos, suas carnes intactas e coradas. E o mais intrigante, sua boca estava manchada com sangue aparentemente fresco. Logo, o comandante concluiu tratar-se de um vampiro.
O coração de Plogojowitz foi estaqueado e seu corpo queimado. Os outros corpos não apresentaram sinais de vampirismo e foram devolvidos a seus túmulos. Para proteger os mortos e os moradores, alhos foram colocados nas sepulturas.

Fonte:
MELTON, J. Gordon. O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos. São Paulo: M.Books do Brasil Editora Ltda, 2003.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Arnold Paul

W. Podkowinski, Cemetery. 1890–1892, pencil on paper.
Entre todas as histórias famosas de possíveis ataques de vampiros com certeza está o caso de Arnold Paul (ou Paole). Não se conhece a data exata de nascimento, mas acredita-se que ocorreu entre os primeiros anos de 1700 em Medvegia, norte de Belgrado, parte da Sérvia que até então pertencia ao Império Austríaco.
Paul serviu ao exército, voltando para sua cidade em 1727 comprou muitas terras e tornou-se agricultor. Ficou noivo e todos o conheciam como uma pessoa de bom caráter, porém de semblante triste.
Em uma conversa com sua noiva confessou que seus problemas e tristezas eram oriundos dos tempos de guerra, alegou ainda ter sido atacado por um vampiro. Paul o seguiu até o cemitério onde conseguiu matá-lo e, acreditando que se livraria das consequências do ataque, comeu um pouco de terra do túmulo do vampiro e passou o sangue do mesmo em suas feridas.
Pouco tempo depois Paul sofreu um acidente e veio a falecer, após algumas semanas de seu enterro começaram os relatos de suas aparições. Quatro pessoas que relataram ter visto Paul morreram e o medo tomou conta da comunidade. As autoridades decidiram averiguar o caso abrindo o túmulo de Paul após quarenta dias de seu enterro, dessa forma puderam constatar que seu corpo estava intacto, com aparência de recém-enterrado, perfuraram-no e o sangue jorrou. Paul foi estaqueado, decapitado e seu corpo queimado. O mesmo foi feito com as quatro pessoas que haviam morrido.

Curiosidades:
·         Paul teria gemido ao ser estaqueado.
·         Em 1731, na mesma região, houve uma segunda onda de ataques de vampiros.
·         Durante a segunda onda de ataques, foram desenterrados quarenta corpos, sendo que dezessete estavam em condições de preservação semelhantes as de Paul.


Fonte:
MELTON, J. Gordon. O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos. São Paulo: M.Books do Brasil Editora Ltda, 2003.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Íncubos e Súcubos

Íncubos e súcubos foram considerados demônios a partir da Idade Média, o primeiro uma figura masculina e o segundo feminina, que durante a noite invadiam os quartos (ou sonhos) de homens e mulheres, forçando-os a ter relações sexuais. De acordo com os relatos, após o evento, a vítima aparentava estar completamente sem energia.
Sabe-se que nas tradições antigas eram venerados como divindades e era comum haver relações sexuais em seus rituais. Com o surgimento do cristianismo foram reduzidos a demônios e suas práticas proibidas, como todas as divindades antigas. Associados a bruxaria, no período das perseguições religiosas, de acordo com o Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas), toda bruxa se submetia às vontades do íncubos sem resistência.
Alguns acreditavam tratar-se de um único demônio que, com a necessidade, tomava forma masculina ou feminina, enquanto outros acreditavam serem demônios distintos. O íncubos poderia ter a aparência de um belo homem, ou uma figura demoníaca masculina e alada, o mesmo para a súcubos em versão feminina. Esta última coletava sêmen para, na forma de íncubos, engravidar uma mulher. A criança oriunda desta união estaria inclinada às influências das trevas.
 Curiosidades:
·         Nas tradições antigas os íncubos e súcubos auxiliavam em curas, como por exemplo em caso de esterilidade.
·         As pessoas que escolhiam a vida santa eram vítimas constante dos íncubos e súcubos. Na época foi uma boa desculpa para as freirinhas que “misteriosamente” apareciam grávidas.
·         Os íncubos e súcubos podiam se manifestar através de pessoas. Outra boa desculpa para aqueles coitados que “inconscientemente” saiam da linha.

Para quem quiser, tem um texto interessante neste  SITE.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Fritz Haarmann






"Haarmann não era um vampiro no sentido folclórico tradicional. Era um indivíduo perturbado mentalmente com um fetiche por sangue..." (J. G. Melton)


Em 24 de outubro de 1879 nasce Fritz Haarmann em Hannover (Alemanha). Conhecido como "Vampiro de Hannover". Ainda jovem entrou para o Exército, após certo período de serviço militar voltou para Hannover. Pouco tempo depois foi preso por molestar crianças e deveria cumprir sua sentença num manicômio. Porém, escapou e fugiu para a Suíça, onde passou um bom tempo morando nas ruas e cometendo pequenos delitos, por vezes fora preso.

Haarmann era homossexual, costumava pegar jovens na rua e os convidava para sua casa, lá se divertiam, no entanto algumas vezes acabava por matá-los. Em 1919 fora detido, passou nove meses preso e assim que saiu conheceu Hans Grans, fez deste seu amante e parceiro. No ano seguinte seus crimes evoluíram, agora começava a morder a garganta e beber o sangue de suas vítimas. Entretanto, em 1924 foram descobertos restos mortais e após investigações a polícia chegou até ele. Enquanto buscavam mais provas Haarmann foi mantido preso. Em seus alojamentos a polícia encontrou mais de vinte corpos, além de pertences das vítimas. Não tendo outra alternativa, Haarmann confessou seus crimes e a participação de Grans.

Haarmann foi acusado de vinte e quatro assassinatos, mas é possível que tenham passado dos cinquenta. Em seu julgamento revelou outras atividades, como canibalismo. Alegava ainda que durante o período em que trabalhou num açougue costumava vender as carnes de algumas de suas vítimas. Haarmann foi condenado à morte, decapitado em 15 de abril de 1925 e seu cérebro levado à Universidade de Gôttigem para ser estudado.



Não é uma homenagem.


Fonte:
MELTON, J. Gordon. O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos. São Paulo: M.Books do Brasil Editora Ltda, 2003.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Erzsébet Báthory

Entendo que falar de Elizabeth Bathory (Erzsébet Báthory originalmente) já se tornou algo um tanto comum em determinados blogs e sites. Por outro lado eu não poderia deixar de destinar um post (mesmo que bastante resumido) a sua história que apesar de cruel, para mim é estranhamente fascinante.



Em 7 de agosto de 1560 nasce Elizabeth Bathory no seio de uma das famílias protestantes mais ricas e poderosas da Hungria e por isso desfrutou de uma ótima educação.

A pequena Elizabeth cresceu num período em que os turcos conquistaram a maior parte do território húngaro. Muitos autores consideram este fato como o real motivo de seu sadismo, uma vez que presenciou todo o tipo de crueldade ainda criança, inclusive vendo suas irmãs sendo violentadas e mortas durante um ataque ao castelo.
Considerada belíssima, Elisabeth foi prometida em casamento aos 11 anos de idade ao Conde Ferenc Nadasdy, porém engravidou aos 14 anos de um camponês e assim que a gravidez tornou-se visível Elisabeth escondeu-se até dar a luz. Logo após casou-se com Ferenc e até hoje não se sabe o que exatamente aconteceu à criança.
O Conde Nadasdy era militar e por isso passava longos períodos longe de casa, logo o castelo e os criados ficavam aos cuidados de sua esposa. Elisabeth não só aplicava castigos desumanos como arrumava motivos inexistentes para tais. Espetava alfinetes debaixo das unhas e lábios de suas criadas, durante o inverno fazia suas vítimas andarem pela neve, jogando água em seus corpos para que morressem congeladas, etc. Alguns autores acreditam que o Conde tinha conhecimento dos castigos impostos por sua esposa aos criados, mas não de seus assassinatos. Enquanto outros sugerem que o Conde não só sabia como participava dos eventos, além de ensinar vários métodos de tortura a sua esposa.
Elisabeth tinha como passatempo também ir visitar sua tia Klara Bathory durante as temporadas de viagem de seu esposo. Sua tia, bissexual e muito rica, organizava orgias que contavam com a participação da Condessa.
A associação do vampirismo a Elisabeth foi devido ao fato dela morder e dilacerar a carne de suas vítimas, além do episódio em que o sangue de uma criada, ao entrar em contato com sua pele, tenha deixado a região com um aspecto mais claro e liso. Daí originou-se a história de que era um costume seu banhar-se de sangue para manter a pele eternamente jovem.
Em 1604 seu esposo vem a falecer, sua sanidade mental piorava com o passar do tempo e seus atos estavam cada vez mais cruéis e depravados, conseguiu uma parceira, Anna Darviula, que possivelmente era sua amante.
Após a morte de Darviula, Elisabeth tornou-se ainda mais descuidada deixando cadáveres ao redor de sua moradia, chamando a atenção de todos. Em 1610 começaram as investigações sobre os assassinatos cometidos, próximo de 650 foi o número de vítimas da Condessa.
A sentença foi dada por seu primo Conde Thurzo:
“Tu, Elizabeth, és como um animal, estás nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida. Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres aprisionada perpetuamente no teu próprio castelo."
Permaneceu presa num aposento sem janelas em seu castelo, onde havia apenas uma pequena abertura por onde passavam a comida e o ar. Faleceu em 21 agosto de 1614 e foi sepultada nas terras dos Bathory, em Ecsed.

Não é uma homenagem.


 
Fontes:
Outras leituras esquecidas.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...